agora

19.3.18



"se eu pudesse te falar que nem o mar pôde levar o que você deixou em mim" assim começa a música da Jade Baraldo que eu não canso de ouvir e pensar que sim: Quero ser preenchida por todas as pessoas que passam por mim! Quero você, ele, ela, nós juntos aqui dentro, uma grande confusão que dá origem a um eu mais completo (ou deveria).

e bem que tenho tentado. É o recorde de tempo sem me apaixonar, mas tô fazendo tudo errado e vou acabar machucando alguém. Acordo pensando que estou certa em viver cada segundo do meu presente livre e me deito culpada por não saber o que quero ou por saber que quero demais o que não deveria.

O meu olhar também me trai, sim eu sei, ele adora provocar. E eu atraio gente maravilhosa, com conversa que incendeia não sou de deixar passar e te juro, meu corpo está aqui mas minha alma eu já não sei, anda perdida, vagando só em busca de um prazer menos imediato?

eu adoro quando me olham fundo e falam da minha personalidade com tesão, do mesmo jeito sobre meu corpo, meu beijo, meu desejo quase que frequente. Mas nada disso é suficiente, e ainda que eu te mande embora a noite eu sinto falta de um chamego sem pressa, sem porquê, sem culpa

cansei de demonstrar que valho a pena e por mais que saibam e reconheçam a conexão não acontece mais eu não sei se me fechei demais ou se me abri e não consigo mais fugir dessa liberdade que sufoca.

Por mais que eu tente olhar alguém como mesmo desejo da última vez não é tão quente. Por mais que eu esteja de fato no agora sem expectativas, não está completo. Só sei que estou aqui, presente, vivendo, sozinha, com dois, com três, com ninguém.

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